Para os russos o futuro está em África


Vladimir Putin está convencido de que até 2050 qualquer nação que quer continuar próspera deverá fazer negócios com o continente africano. Pois segundo peritos russos citados por Putin a economia do continente deverá estar avaliada em 29 trilhões de dólares. Esta foi a justificação apresentada pelo líder russo para a cimeira que hoje iniciou em Sóchi e que reúne 43 Chefes de Estado e de Governo africanos, entre eles o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi e o Presidente Russo. Os outros 11 países africanos estão representados a níveis abaixo de Chefes de Estado e de Governo.

O evento iniciou com o Fórum Económico que reuniu os Chefes de Estado com mais de 2 mil empresários russos e africanos. Foi nessa ocasião que Vladimir Putin e Abdel Fatah Al-Sisi, presidente do Egipto e da União Africana discursaram pela primeira vez. Putin disse que o seu país está neste momento a diversificar o leque de produtos que comercializa com a África.

Se antes o negócio era dominado pela venda de equipamento bélico, hoje em dia há diversos tipos de produtos com principal destaque para os alimentares.
Segundo Vladimir Putin, nos últimos anos a Rússia exportou mais de 15 biliões de dólares em armamento e em produtos alimentares. A cifra anda a volta de 25 biliões de dólares. Daí que esse é o grande potencial da economia do seu país. E o Egipto tem sido nos últimos anos o principal destino das exportações de produtos alimentares russos, mas o desafio agora é alcançar novos mercados.

O comércio entre o continente africano e a Rússia, nos últimos 5 anos, rendeu 20 biliões de dólares, entretanto, quer os africanos, quer os russos acham que é pouco e pode ir um pouco além disso. E para tal, o Presidente do Egipto e em exercício na União Africana, Al-Sisi disse ser fundamental investir-se no capital humano em África, onde mais de 60% da mão-de-obra são jovens com menos de 29 anos de idade, mas também nas mulheres. Só assim é que o continente negro vai alcançar as metas definidas pela Agenda 2069 que tirar o continente da pobreza.

A cimeira de Sóchi tem como lema Paz, Segurança e Desenvolvimento. Por isso, para além de discursos, diplomacia e negociações as empresas russas expõem no centro de conferências seus produtos, com especial destaque para máquinas pesadas civis e militares que usam tecnologia de ponta.

Podem ser visto nas exposições locomotivas de variados tipos, viaturas ligeiras e pesadas para variadas utilidades civis, mas há também equipamento militar entre eles aeronaves como caças-bombardeiros Migs da nova geração, helicópteros de combate e de passageiros, viaturas blindadas e sistemas de comunicações avançadas. Este é um dos locais visitados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi que na ocasião deixou claro que o seu objectivo não era comprar mas apenas ver que soluções existem no mundo para equipar forças de defesa e segurança e garantir com eficácia e integridade e soberania de Moçambique, um dos grandes desafios do nosso país.
Fonte: O  País

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