População de Mulevala desafiada a recorrer soluções locais para problemas locais

Entre os líderes comunitários e religiosos, membros do Governo Distrital, coordenadores de base, alfabetizadores e a sociedade civil, o debate sobre "A Problemática da elevada taxa do analfabetismo" foi a mesa com detalhes na última quinta-feira, 18 de Novembro no distrito de Mulevala, num encontro dirigido pela esposa do Governador da Zambézia, Margarida Matos.

Num debate que alguns sugeriram que a mobilização para a alfabetização seja coercivo, obrigando a população a aderir os programas de alfabetização pelas suas vantagens, há outros que sugeriram a motivação e persistência dos alfabetizadores face às dificuldades encontradas neste processo.

Há quem faz referência das palavras do saudoso presidente Samora Machel que a "Educação é a base para o povo tomar o poder", outros acreditam que os cultos e pregações evangélicas só podem funcionar quando a comunicação é eficaz num ambiente sem necessidade de traduzir os versículos lidos.

Outros se alegram pelo subsídio dos alfabetizadores que será acrescido. Há outros que simplesmente se alegram por saber que o Governo tem empreendido esforços para o bem da população que ainda não sabe ler e nem escrever.

Mas todos esperançamo-nos pela revitalização dos programas de alfabetização e concordam que a mobilização e sensibilização é tarefa de todos nós.

Margarida Matos, frisou que o desenvolvimento da província em particular deve ser acompanhado pelo desenvolvimento intelectual onde a população participa e segue roboticamente este processo. Por exemplo, a instalação dum banco no Distrito espera uma população cliente que possa assinar ou realizar operações bancárias sem ajuda de outrem.

A esposa do Governador da Zambézia, desafiou a população envolvida no processo de alfabetização a melhorar a condição dos lugares onde as aulas são leccionadas usando o material local como: Blocos cru, paus, capim e assentos feitos de "Matope", para que as aulas não sejam interrompidas em tempos de chuvas ou muito sol e que os alfabetizandos se sintam com dignidade, respeitados e motivados por há quem justifica a dificuldade de retenção dos homens na alfabetização por falta de condições mínimas de aprendizagem.

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