Governo reafirma aposta na provisão de água potável este quinquénio


A província de Nampula vai registar aumento do investimento no sector de água este quinquénio, devendo ser investido um bilião e 700 milhões de meticais, mais 300 milhões que o quinquénio passado. Por outro lado, o ministro das Obras Públicas garantiu que aquela província vai conhecer a concretização do projecto de reabilitação de estradas rurais e pontos ao longo da estrada nacional 380, em Cabo Delgado, estão condicionadas à segurança e financiamrno do Japão que congelou a sua comparticipação devido aos ataques terroristas.

O aumento dos níveis de provisão de água potável no país constitui uma das prioridades do Governo, que no final do primeiro mandato de governação de Filipe Nyusi lançou um programa de reabilitação e construção de fontes de água à escala nacional, denominado PRAVIDA.

“A nível do país investimos cerca de 36.4 biliões de meticais e a província de Nampula beneficiou-se de um bilião e 400 milhões de meticais. Para este quinquénio vamos assistir algum acréscimo e província de Nampula irá se beneficiar de um investimento de cerca de um bilião e 700 milhões de meticais”, anunciou ontem João Osvaldo Machatine, ministro das Obras Públicas.

O governante falava durante a inauguração de um sistema de abastecimento de água na localidade de Odenepa, no distrito de Eráti, na província de Nampula, que vai beneficiar numa primeira fase a 3.200 pessoas, das cerca de 6000 que habitam aquela localidade, e está avaliado em 21 milhões de meticais, co-financiados pelo Reino Unido e o Governo de Moçambique através do PRONASAR.

Ainda hoje, foi inaugurado outro sistema de abastecimento de água no distrito de Balama, na província de Cabo Delgado, que deverá fornecer água potável a 9 mil habitantes, mas a sua capacidade é de até 14 mil. Avaliado em 43 milhões de medicais, financiado pelo Orçamento do Estado e o Banco Islâmico de Desenvolvimento.

Numa altura de incertezas, o ministro Machatine reafirmou o compromisso de concretização do projecto de reabilitação de estradas rurais, lançado também em finais do quinquénio passado, onde um dos principais financiadores é o Banco Mundial. Trata-se de um programa que visa ligar as zonas de produção agrícola com os principais mercados, isso nas províncias de Nampula e Zambézia.

“Vamos intervir em cerca de 2000 km de estradas rurais e isto vai contribuir bastante para a circulação de pessoas e mercadorias e vai elevar o desenvolvimento económico porque tudo que será produzido terá o local para ser consumido e comercializado”, garantiu.

A agenda do ministro das Obras Públicas ontem incluiu uma visita à ponte sobre o rio Lúrio que separa Nampula de Cabo Delgado, onde há pouco mais de um mês foi restrita a circulação de camiões com carga acima de 40 toneladas, porque tal como disse João Osvaldo Machatine, sentia-se vibrações ao passarem camiões de grande tonelagem.

“Reduzimos a carga até que as condições estivessem criadas para que se pudesse fazer uma inspecção mais profunda, observando todos os elementos estruturais da ponte e como vê, as condições já estão criadas, o caudal é nulo e as equipas já aterraram em Pemba, estão a fazer a inspecção de Pemba até Namialo e vão fazer a inspecção com todos os requisitos necessários para este tipo de trabalho”, prometeu, tendo concluído que só depois desse trabalho é que será sabido que tipo de intervenção é necessário.

Já a ponte sobre o rio Montepuéz, na estrada nacional 380 que desabou em Dezembro do ano passado, o ministro disse que ainda este mês começa a construção de uma ponte metálica que deverá levar 9 meses, enquanto isso, a transitabilidade será garantida através do desvio provisório feito de aterro.

Todavia, mesmo com a ponte metálica colocada, não se conseguirá ainda chegar à vontade ao norte da província de Cabo Delgado porque maus três pontes, duas delas sobre o rio Messalo, foram abandonadas ainda na fase de obras devido `a insegurança que se vive naquela zona, perpetrada por terroristas do grupo Anser al-Sunna, que levou o principal financiador (o Japão) a congelar o financiamento.

“Temos estado em negociações com o governo do Japão para que rapidamente possa se retomar as obras destas três pontes. Nestas três, assistimos na última época chuvosa, a intransitabilidade numa delas sobre o rio Messalo e temos uma alternativa que é enquanto se toma decisões sobre quando é que vão retomar essas obras vamos montar uma ponte metálica para que quando chegarmos à próxima época chuvosa não tenhamos de novo o problema de intransitabilidade devido ao elevado escoamento dos rios”.

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