Culturas de rendimento melhoram vida na zona rural

A produção de culturas de rendimento, sobretudo a cana-de- -açúcar, castanha, gergelim, soja, castanha de caju e macadâmia está a melhorar significativamente a vida das comunidades rurais no país. De acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi, o aumento da produção e os investimentos visando a reactivação da indústria de caju permitiram que o país passasse de uma capacidade de processamento, em 2015, de 54 mil toneladas para 105 mil, este ano. Falando na última segunda-feira, nas cerimónias centrais do lançamento da campanha agrária 2019-2020, na localidade de Metuchira, distrito de Nhamatanda, em Sofala, Nyusi avaliou que, como impacto directo, foram empregues 17 mil trabalhadores, maioritariamente jovens e mulheres residentes nas zonas rurais.

Com efeito, apontou que a indústria nacional adquiriu 64.877 toneladas da castanha em bruto para processamento, representando 46 por cento do total deste produto comercializado. Já na cultura de cana-de- -açúcar, o Chefe do Estado indicou que as estimativas deste ano estão fixadas em 4.2 milhões de toneladas. A colheita e a produção arrancaram em Abril, na Açucareira de Xinavane, e em Maio nas restantes fábricas, nomeadamente Maragra, Marromeu, Mafambisse, para além de Chemba, que produz açúcar orgânico. Anunciou que até ao terpr no lançamento da campanha agrária 2019-2020 culturas de rendimento melhoram vida na zona rural ceiro trimestre deste ano, foram acolhidas e processadas 2.1 milhões de toneladas de cana- -de-açúcar que permitiu a produção de 201.366 toneladas de açúcar, um indicador que, conforme advogou, traduz a fase que esta indústria atravessa ao nível mundial. Nyusi sublinhou que o desempenho açucareiro alcançado até ao terceiro trimestre resume-se em 51.7 por cento da produção estimada, ou seja, 388.459 toneladas. Referiu ainda do impacto positivo na cultura de gergelim que, na época passada, atingiu 112 mil toneladas contra anteriores 95.500 toneladas, enquanto a soja subiu de 46 mil toneladas para 49 mil e a macadâmia de quatro mil toneladas, em fase de fomento, para seis mil. Enfatizou que as três culturas de rendimento foram assim eleitas para o teste no mercado chinês para a próxima época comercial, havendo, segundo o mais alto magistrado da nação, a certeza de que Moçambique irá se tornar no melhor exportador destes produtos. O Presidente da República apontou que o aumento da produção de batata-reno tem contribuído na redução da importação deste produto, tendo atingido 363 mil toneladas na época 2018-2019. Sobre a campanha agrária 2019-2020, o Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higinio de Marule, disse ao “Notícias” haver bom prognóstico, tendo em conta as chuvas que começam a cair mais cedo, no sul, podendo ser tardias, no centro e norte. Apontou que face a estes cenários, a produção global poderá atingir cerca de 12 milhões de toneladas de produtos diversos, contra 10.5 milhões da última safra.

Fonte: Jornal Notícias